segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

--Peniche--

Peniche




Cidade costeira Portuguesa, sede de concelho, situada na região centro oeste do País, numa península com cerca de 10 km de perímetro, constituindo o seu extremo ocidental o Cabo Carvoeiro. 

Com vários quilómetros de costa marítima variada onde se podem encontrar uma grande variedade de praias de finas areias e águas límpidas, Peniche tem na indústria pesqueira e no seu importante porto a sua essência de cidadepiscatória, que hoje partilha sabiamente com a crescente indústria turística. 
Vários são os pontos de interesse na área, como a Fortaleza, em Peniche, sobranceira ao mar, mandada edificar por D. João III em 1557 e concluída em 1645, com a sua a Torre de Vigia, e a capela de Santa Bárbara; a Gruta da Furninha, na costa Sul da península de Peniche, mais importante estação pré-histórica do concelho; as Igrejas de São Pedro (bem no centro de Peniche, de finais do século XVI) e da Misericórdia, de inícios do século XVII; ou mesmo a Capela de Nossa Senhora dos Remédios localizada junto à costa no extremo ocidental da península de Peniche 
Bem próximo de Peniche situa-se Atouguia da Baleia, uma vila bastante curiosa e agradável, onde se pode observar o curioso Touril, estrutura do século XVIII utilizada como palco de lides tauromáquicas, a Igreja de S. Leonardo do século XII e a barroca Igreja de Nossa Senhora da Conceição, de finais do século XVII. 
O Baleal e a Consolação são igualmente dignos de visita, não esquecendo a possibilidade de visita às Ilhas Berlengas, um arquipélago rochoso, de formação granítica muito antiga, onde a Natureza se encontra ainda em estado quase selvagem, acessível por Barco através de Peniche. Este arquipélago é composto por três grupos de ilhéus, todos com uma natureza geológica bem diferenciada da costa da península Ibérica, são eles a Berlenga Grande e Cerro da Velha, as Estelas e os Farrilhões.     Neste arquipélago nidificam numerosas aves marinhas sobre os imponentes penhascos de granito vermelho, possuindo igualmente submersos formosos recifes e grutas marinhas em estado natural. Na Ilha da Berlenga situa-se o Forte de São João Baptista, construído em 1656, para impedir a ocupação desta ilha por potências inimigas.  
Peniche é também famosa pelo seu artesanato, nomeadamente pelas Rendas de Bilros, seguindo uma antiga técnica oriental, mantida sabiamente pelas mulheres dos pescadores ao longo dos tempos.
Igualmente afamada e apreciada na região é a Gastronomia local, com uma grande oferta de restauração baseada sobretudo nos frescos produtos provenientes desta costa e que fazem as delicias de todos os que os degustam.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

--Ericeira--

Ericeira



Vila muito antiga, presumivelmente local de passagem e instalação dos Fenícios.
Reza a lenda que o nome Ericeira significa, na origem, "terra de ouriços", devido aos numerosos ouriços do mar que abundavam nas suas praias. No entanto, investigações mais recentes apontam o ouriço-cacheiro e não o do mar como inspirador do nome. Com a descoberta de um exemplar do antigo brasão da Vila, hoje no Arquivo-Museu da Misericórdia, confirmou-se que o animal ali desenhado é, de facto, um ouriço-cacheiro.
A história da Ericeira remonta, assim, a cerca de 1000 a.c.. O seu primeiro foral data de 1229, concedido pelo então Grão-Mestre da Ordem de Aviz, Dom Frei Fernão Rodrigues Monteiro, que assim instituiu o Concelho da Ericeira.
É na carta de foral que surgem as primeiras referências aos pescadores da Ericeira, estando bem presente o cuidado do legislador em acautelar os direitos e deveres dos que se encontravam sujeitos às tutelas dos donatários:"(…) Quanto aos pescadores, dêem a vigésima parte do pescado que matarem no mar. De doze peixes, levem um para conduto antes de darem a vigésima parte, e se matarem congo, comam-no. Do pescado que encontrarem morto, não paguem foro. De baleia, dêem a vigésima parte. De toninhas e delfins sem impedimento, em ocasiões de fome (…)".
No século XIII a baleia, toninha e delfim eram as espécies mais pescadas, tendo dado lugar, já no século XVI, à raia, ao rodo valho  e à  pescada. Em 1547, D. João III concede aos pescadores ericeirences a permissão de venderem o peixe "a olho" e não "a peso", costume que ainda há trinta anos se mantinha.
Novas cartas de foro concedidas por D. Afonso IV, em 1369, e por D. Manuel I em 1513, vieram nobilitar a vila concelhia, doada pelo mesmo D. Manuel ao infante D. Luís e por este ao seu filho natural D. António, prior do Crato, forte opositor à tomada do poder real por Filipe II de Espanha. Em 1589, no Forte de Milreu, D. António fez uma gorada tentativa de desembarque de tropas com o objectivo de conquistar o poder.
Em 1855, na sequência de uma reordenação administrativa do território, a Ericeira deixou de ser concelho para ficar na dependência de Mafra, sede concelhia até aos dias de hoje.
A Ericeira conheceu no século XIX, a sua época áurea, enorme incremento, porquanto foi o porto mais concorrido da Estremadura, com alfândega, por onde se fazia o abastecimento de quase toda a província. A antiga importância comercial tem hoje correspondente no notável movimento turístico, resultante da situação e do clima privilegiado de que goza. O embarque para o exílio da família real portuguesa, episódio que assinala o termo do regime monástico nacional, fará sempre do porto da Ericeira um dos locais mais dramáticos da geografia do concelho de Mafra.





terça-feira, 4 de dezembro de 2012

--Castelo de Almourol--

Castelo de Almourol



O castelo de Almourol, está situado numa pequena ilha que já era habitada no tempo da ocupação romana da península, a partir do século VIII, foi ocupada pelos muçulmanos, que a terão conquistado aos visigodos.

No âmbito da reconquista cristã da Península Ibérica, Almourol foi conquistado por D. Afonso Henriques, em 1129, que o entregou à Ordem do Templo. Esta ordem é responsável pela reconstrução do castelo, conferindo-lhe as características das fortificações templárias.   

A inscrição existente sobre o portão principal, aponta para a conclusão das obras em 1171. Com a extinção da Ordem dos Templários, em 1311, D. Dinis entregou o castelo à Ordem de Cristo.   

O terramoto de 1755, provocou diversos estragos na sua estrutura e durante o século seguinte foi alvo de alterações, que adulteraram a austeridade da sua arquitectura inicial.  

Classificado como Monumento Nacional, foi durante o Estado Novo, Residência Oficial da República Portuguesa.

O castelo está construído de forma a acompanhar os desníveis do terreno, com dois níveis interiores, o primeiro acedido pela entrada principal e o segundo, onde se encontra a Torre de Menagem, através de uma escadaria interior. 




segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

--Cabo da Roca--

Cabo da Roca



Cabo da Roca é o ponto mais ocidental de Portugal continental, assim como da Europa continental. Situa-se na freguesia de Colares,concelho de Sintra e distrito de Lisboa. O local é visitável, não até ao extremo mas até uma zona à altitude de 140 m. O cabo forma o extremo ocidental da Serra de Sintra, precipitando-se sobre o Oceano Atlântico. As suas coordenadas geográficas são N 38º46'51", W 9º30'2".

 Como escreveu Luís Vaz de Camões, o local “Donde a Terra se acaba e o mar começa” (in Os Lusíadas, Canto VIII). Um padrão em pedra com uma lápide assinalam esta particularidade geográfica a todos quanto visitam este local. 

O Cabo da Roca é também denominado “Focinho da Roca” pelas gentes ligadas às coisas do mar, e mais poeticamente por “Promontório da Lua”, Está integrado no Parque Natural de Sintra Cascais, o qual engloba uma vasta área de interesse natural e beleza paisagística que vai desde a Cidadela de Cascais até à foz do rio Falcão. Partindo do Cabo da Roca é possível seguir variados eco-trilhos. 

No Cabo da Roca, o visitante depara-se com uma paisagem espectacular, um imponente farol e infra-estruturas várias. É também neste local que se encontra uma das espécies vegetais mais raras a «armeria pseudoarmeria». 


domingo, 2 de dezembro de 2012

--Aldeia da Luz--

Aldeia da Luz



No ano de 2002 foi inaugurada a Nova Aldeia da Luz, construída de raiz a dois quilómetros da antiga, que foi desmantelada e maioritariamente submersa pela albufeira de Alqueva. 
A antiga Aldeia da Luz, cuja origem remontava ao período Paleolítico e Neolítico, foi considerada o impacto social mais significativo da construção da Barragem do Alqueva, ocupando agora uma área de cerca 2.040 hectares.
A Nova Aldeia foi construída com a preocupação da manutenção dos traços e bens patrimoniais anteriores, sendo também construído um Museu com vista a perpetuar a memória da antiga aldeia e suas gentes. Uma colecção etnográfica da Aldeia, peças arqueológicas, estando o museu dotado de uma sala de exposições temporárias. 
A Aldeia está igualmente dotada de uma Praça de Touros, de um Lavadouro público que tem também a função e Miradouro com uma bonita vista sobre a Barragem do Alqueva, contando igualmente com a Igreja Paroquial do Sagrado Coração de Jesus, e uma réplica da Fonte Santa presente na antiga aldeia, que se dizia brotar águas milagrosas.
Em toda a área encontram-se diversas estações arqueológicas de diferentes períodos, muitas delas dadas a conhecer através da construção da Barragem. 



--Cabo Espichel--

Cabo Espichel


Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel


O conjunto arquitectónico do chamado Santuário de Nossa Senhora da Pedra Mua, implantado no extremo do Cabo Espichel, é sem dúvida o mais importante e característico do Concelho. Há neste precioso agregado de edificações, desde a antiga Ermida da Memória à Igreja Seiscentista, desde os corpos rústicos das "hospedeiras" ao aqueduto e à "Casa da Água", uma unidade de valores gráficos que fez esquecer a disparidade de estilos. O culto de Nossa Senhora do Cabo perde-se na bruma dos tempos e é crível que anteriormente à sua veneração - a partir do Séc. XV - o Cabo Espichel fosse centro de peregrinações. 
O actual culto remonta a cerca de 1410, ano em que teria sido descoberta na extremidade de Cabo Espichel a venerada imagem de Nossa Senhora do Cabo, por dois velhos da Caparica e de Alcabideche, que em sonhos coincidentes teriam sido avisados pelo Céu. Antes de 1701 - data da construção da actual igreja - o arraial era circundado de casas para os romeiros que não obedeciam a alinhamento especial, e que se dispunham em torno do primitivo templo. A partir de 1715, a grande afluência de círios ao Cabo obrigou a que se construíssem hospedarias com sobrados e lojas. 
A arcarias que corre ao lado de dois corpos consegue sem recorrer a arranjos construtivos de perfil erudito. A obra das hospedarias iniciou-se em 1715, mas só entre 1745 e 1760 foi ampliada para as dimensões actuais. A igreja actual remonta a 1701 e é da iniciativa real de D. Pedro II. Penetrando no templo através de um bom guarda-ventos de madeira do Brasil, vislumbramos a ampla e bem proporcionada nave, coberta por um tecto em madeira com uma composição a óleo que representa a Assunção da Virgem, esta é uma obra do pintor Lourenço da Cunha. Sobranceira à escarpas que afloram no extremo do Cabo Espichel, a poente da igreja e das hospedeiras, situa-se a Ermida da Memória, templinho implantado precisamente no local onde a tradição diz ter-se dado a aparição da Virgem.
 

--Cabo Espichel--

Cabo Espichel


Ermida da Memória

A Ermida da Memória situa-se no Cabo Espichel concelho de Sesimbra, freguesia do Castelo, Distrito de Setúbal, estando integrada no Santuário de Nossa Senhora da Pedra de Mua.

De planta quadrangular e paredes pouco elevadas, o templo é coroado por uma invulgar cúpula contracurvada, em forma de bolbo, terminada por um pináculo boleado (mas cuja bola terminal desapareceu nos anos 90 do século passado).

Rodeada por um pequeno miradouro com adro, de que 
se avista uma extraordinária panorâmica alargada, tem o interior revestido até meia altura por silhares de azulejos setecentistas azuis e brancos, dos inícios da segunda metade do séc. XVIII, representando a descoberta da imagem de Nossa Senhora do Cabo, a construção da própria Ermida, da Igreja e das Hospedarias e os "círios" ou romarias da época.

O templo, de origem medieval, foi construído precisamente no local onde, segundo reza a tradição, terá sido achada a imagem de Nossa Senhora.